domingo, 29 de novembro de 2009

ZEZINHO, O DONO DA PORQUINHA PRETA


Jair Vitória iniciou seus estudos no primário aos sete anos, mesmo período em que mudou de uma cidadezinha do interior para a grande São Paulo. Mas, sua família não se adaptou as agitações e ao comércio e decidiram retornar para o campo.
Seu pai sempre incentivou seus filhos a estudarem mais, e o menino ao aprender as primeiras letras começou a desenvolver um interesse ávido pela literatura. É dessa época que datam seus primeiros romances. Zezinho, o dono da porquinha preta é de sua autoria. Faz parte da Coleção Vaga- Lume, editado pela Editora Ática, 4ª edição
Zezinho tinha uma porquinha de estimação que criou desde pequena. Ela era mansinha e gostava quando ele acariciava sua barriga.
O pai de Zezinho era um homem muito bravo e quando a porquinha cresceu ele não quis mais ela dentro de casa e fez um chiqueiro para ela.
O nome da porquinha era Maninha e ela era preta como a noite. Todos os dias vinha comer e receber carinho de Zezinho, mas logo voltava para seu lugar.
Certo dia o pai de Zezinho pôs na cabeça que se vendesse a porquinha ganharia muito dinheiro e poderia comprar mais dois porcos do tamanho dela, já que Maninha era mansinha e estava prestes a ganhar cria.
Zezinho ficou muito triste com a notícia e quis fugir com Maninha para bem longe, assim seu pai não a venderia, porém tinha medo de levar uma surra pois seu pai não perdoava mesmo.
Todas manhãs ele ia para a escola com os irmãos e à tarde tinha que capinar o quintal caso contrário era uma surra por dia.
Mas pela Maninha ele correria o risco, pois amava muito ela que até pensou em mata-la para não deixar o pai vende-la ao pai de Valtério.
Zezinho fez um chiqueirinho numa gruta para esconder sua porquinha, e assim levaria ela até lá e depois daria um jeito de levar comida.
À noite havia chovido e Zezinho ficou preocupado com sua porquinha, foi da escola direto na gruta pensando que ela se afogara, mas ela estava bem e havia ganhado 6 filhotes.
Zezinho foi para casa e pegou umas espigas de milho e voltou para a gruta. Depois deixou Maninha com seus filhotes e voltou para casa.
Chegou em casa e não disse nada para ninguém, pois seria o seu segredo. Mas a mãe o havia seguido e foi pegar os porquinhos. Quando Zezinho chegou em casa os porquinhos e Maninha estavam lá. O pai de Zezinho ficou bravo com o pai de Valtério que não quis comprar a Maninha, mas Zezinho ficou feliz por isso.
O pai de Zezinho então queria vender a porquinha para seu Elautério, mas Zezinho foi falar com ele e implorar para que não comprasse a porquinha. E assim ele fez.
Então chegou a peste suína e seu Odilo não conseguia mais vender a Maninha. Zezinho, no entanto, tinha medo que a peste suína a matasse. Vários porcos morreram, inclusive, os filhotes de Maninha. A peste suína havia passado, e Maninha não havia morrido.
Mas o pai de Zezinho não queria Maninha ali e pensou em mata-la. Zezinho fugiu com Maninha levando-a para o outro lado do rio.
Todos ficaram preocupados com o sumiço de Zezinho, inclusive o seu pai e foram a sua procura. Acharam que ele havia se afogado no rio.
Zezinho foi encontrado na casa dos pretos do outro lado do rio e quando viu o seu pai teve medo de apanhar. Mas seu pai estava mudado e abraçou o filho. Ele prometeu a Zezinho que não iria matar Maninha.

Um comentário:

  1. Eu li este livro quado tinha 11 anos. Incrível, há 30 anos, ao ler o resumo toda história veio a mente. Amei.

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