domingo, 29 de novembro de 2009

O FANTÁSTICO MISTÉRIO DE FEIURINHA




Pedro Bandeira (de Luna Filho) nasceu em Santos, SP, em 9 de março de 1942, onde dedicou-se ao teatro amador, até mudar para São Paulo a fim de estudar Ciências Sociais na Universidade de São Paulo (USP). Além de professor, trabalhou em teatro profissional até 1967 como ator, diretor, cenógrafo e com teatro de bonecos. O livro O Fantástico Mistério de Feiurinha foi editado pela editora FTD, 22ª edição.
Um escritor estava sentado em frente à sua máquina de escrever quando, de repente, apareceu um homem. Era Caio, o lacaio, que viera para encarregá-lo de uma estranha missão: encontrar Feiurinha. E foi assim que a história começou.
Já havia se passados vinte e cinco anos, desde que Branca de Neve, Rapunzel, Cinderela, Bela-Fera, Rosa Della Moura Torta e Bela Adormecida haviam se casado com o Príncipe Encantado.
Branca de Neve, agora, dona Branca Encantado, estava muito preocupada com o desaparecimento de Feiurinha. E foi aí, que numa tarde recebeu a visita de Chapeuzinho Vermelho, a única ainda solteira.
Branca Encantado contou tudo a Chapeuzinho Vermelho. Essa, porém quis saber porque tanta preocupação.
Foi então que Branca Encantado contou que todas as histórias das princesas terminavam com “felizes para sempre” e, que se Feiurinha havia sumido do seu Príncipe Encantado, também a história dela e das outras princesas estava ameaçada.
Resolveram então convocar todas as outras princesas para uma reunião. Caio, o lacaio foi imediatamente chamá-las.
Todas estavam reunidas na casa de dona Branca, porém nenhuma delas conhecia a história de Feiurinha.
Então tiveram a idéia de ir até a casa do escritor para ele contar a história de Feiurinha. Este, porém não conhecia a história.
Jerusa, a empregada do escritor, ouvindo toda a conversa, disse que conhecia a história de Feiurinha. E ela contou que Feiurinha era uma princesa que havia sido raptada por três bruxas. Ela era tão linda e diferente das bruxas que eles apelidaram de Feiurinha.
Feiurinha sempre queria ser igual as bruxas, pois se achava muito diferente delas.
Um dia ela ficou sozinha em casa e foi passear pele lago. Se olhou no lago e atrás estava o bode das bruxas que imediatamente se transformou num príncipe. Ele foi até o castelo e prometeu vir buscá-la.
As bruxas, no entanto desconfiaram e já que o Bode havia sumido transformaram Feiurinha em uma bruxa.
Quando o príncipe voltou, ficou confuso, pois todas eram iguais. Cada uma dizia que era Feiurinha. Foi então que uma delas disse: - Não as mate. Elas são malvadas, mas me criaram desde pequeninha.
O Príncipe Encantado desceu do seu cavalo e abraçou Feiurinha, que voltou a ser uma linda princesa. As outras bruxas viraram cogumelos venenosos.
A festa de casamento foi a maior de que se teve notícia e eles viveram...
- Que maravilha! – disse o escritor. Agora já posso escrever a história de Feiurinha e, quem sabe poderei fazê-la reaparecer.

UMA AVENTURA E TANTO

O sol estava radiante naquele sábado de manhã. Não havia aula naquele dia e Dentrão um garoto alegre, loiro, alto e de olhos azuis, que adorava praticar esportes, resolveu dar uma caminhada pelo mato que havia próximo a sua casa, já que ele era um grande defensor do meio ambiente e dos animais.
Quando ele caminhou alguns metros já se deparou com uma cena muito triste. Viu várias árvores que haviam sido derrubadas e mais adiante um ninho de passarinhos, com dois filhotes caídos no chão.
Dentrão ficou muito triste e foi correndo até a casa de sua avó Amélia, uma senhora pequena, com os cabelos todos branquinhos e com algumas rugas no rosto. Quando chegou lá ficou admirado com as lindas flores que sua avó cultivava no jardim. Chamou pela avó, mas ela não estava em casa.
Então ele resolveu ir para casa, levando consigo os filhotes de passarinhos.
Entrou correndo para contar a novidade para seu Kirino um homem muito sério olhando por cima de seus óculos, alto, de cabelos lisos, que não gostava de ser interrompido quando estava fazendo alguma coisa com sua irmã Repeleta, que era magra de pura maldade, pois adorava comer sorvete, ler livros, era muito esperta, mas também muito feia. Adorava usar um tope no cabelo e estava lá com seu pai fazendo suco.
Dentrão então, resolveu ir até sua mãe Ana, uma senhora muito alegre, gorda, loira e de olhos azuis. Logo viu que ela estava ocupada com Dentinho, seu irmão caçula que gostava muito de aprontar.
Mais uma vez ele não pôde contar a novidade. Então foi até seu quarto e colocou os pássaros numa gaiola e ficou observando até que adormeceu.
Na manhã seguinte quando acordou, teve uma surpresa. Os pássaros já estavam grandes e já sabiam cantar.

ZEZINHO, O DONO DA PORQUINHA PRETA


Jair Vitória iniciou seus estudos no primário aos sete anos, mesmo período em que mudou de uma cidadezinha do interior para a grande São Paulo. Mas, sua família não se adaptou as agitações e ao comércio e decidiram retornar para o campo.
Seu pai sempre incentivou seus filhos a estudarem mais, e o menino ao aprender as primeiras letras começou a desenvolver um interesse ávido pela literatura. É dessa época que datam seus primeiros romances. Zezinho, o dono da porquinha preta é de sua autoria. Faz parte da Coleção Vaga- Lume, editado pela Editora Ática, 4ª edição
Zezinho tinha uma porquinha de estimação que criou desde pequena. Ela era mansinha e gostava quando ele acariciava sua barriga.
O pai de Zezinho era um homem muito bravo e quando a porquinha cresceu ele não quis mais ela dentro de casa e fez um chiqueiro para ela.
O nome da porquinha era Maninha e ela era preta como a noite. Todos os dias vinha comer e receber carinho de Zezinho, mas logo voltava para seu lugar.
Certo dia o pai de Zezinho pôs na cabeça que se vendesse a porquinha ganharia muito dinheiro e poderia comprar mais dois porcos do tamanho dela, já que Maninha era mansinha e estava prestes a ganhar cria.
Zezinho ficou muito triste com a notícia e quis fugir com Maninha para bem longe, assim seu pai não a venderia, porém tinha medo de levar uma surra pois seu pai não perdoava mesmo.
Todas manhãs ele ia para a escola com os irmãos e à tarde tinha que capinar o quintal caso contrário era uma surra por dia.
Mas pela Maninha ele correria o risco, pois amava muito ela que até pensou em mata-la para não deixar o pai vende-la ao pai de Valtério.
Zezinho fez um chiqueirinho numa gruta para esconder sua porquinha, e assim levaria ela até lá e depois daria um jeito de levar comida.
À noite havia chovido e Zezinho ficou preocupado com sua porquinha, foi da escola direto na gruta pensando que ela se afogara, mas ela estava bem e havia ganhado 6 filhotes.
Zezinho foi para casa e pegou umas espigas de milho e voltou para a gruta. Depois deixou Maninha com seus filhotes e voltou para casa.
Chegou em casa e não disse nada para ninguém, pois seria o seu segredo. Mas a mãe o havia seguido e foi pegar os porquinhos. Quando Zezinho chegou em casa os porquinhos e Maninha estavam lá. O pai de Zezinho ficou bravo com o pai de Valtério que não quis comprar a Maninha, mas Zezinho ficou feliz por isso.
O pai de Zezinho então queria vender a porquinha para seu Elautério, mas Zezinho foi falar com ele e implorar para que não comprasse a porquinha. E assim ele fez.
Então chegou a peste suína e seu Odilo não conseguia mais vender a Maninha. Zezinho, no entanto, tinha medo que a peste suína a matasse. Vários porcos morreram, inclusive, os filhotes de Maninha. A peste suína havia passado, e Maninha não havia morrido.
Mas o pai de Zezinho não queria Maninha ali e pensou em mata-la. Zezinho fugiu com Maninha levando-a para o outro lado do rio.
Todos ficaram preocupados com o sumiço de Zezinho, inclusive o seu pai e foram a sua procura. Acharam que ele havia se afogado no rio.
Zezinho foi encontrado na casa dos pretos do outro lado do rio e quando viu o seu pai teve medo de apanhar. Mas seu pai estava mudado e abraçou o filho. Ele prometeu a Zezinho que não iria matar Maninha.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Vovó, a prefeita


Naquele dia Chapeuzinho Vermelho estava muito feliz, pois poderia ir novamente visitar sua avó depois de muito tempo que não tinha mais ido em sua casa.
Juntou uma cesta de doces e geléias e foi despedir-se de sua mãe.
-Tome cuidado minha filha. Vá pela estrada, pois não sei como está o caminho pelo bosque.Disse sua mãe.
-Ah mamãe, mas pelo bosque é tão pertinho.
-Mas não podemos nos ariscar, pois faz tanto tempo que não vai a casa de sua avó.
-Está bem mamãe.Tchau.
E nisso Chapeuzinho saiu toda contente.
´´Eu sempre passei pelo bosque e hoje eu também vou e a mamãe nem vai desconfiar. - pensou ela.
Chapeuzinho já estava um bom tempo caminhando e percebeu que não escutava os pássaros cantarem, que não haviam flores como da outra vez.
Caminhou mais a frente e avistou a casa dos três porquinhos.
Tudo parecia abandonado.
-Será que aconteceu alguma coisa nessa floresta e eu não estou sabendo?
Continuou sua caminhada passando pela casa dos 7 anões, mas tudo estava abandonado. Por fim chegou a casa de sua avó.
Chegando lá bateu na porta, mas ninguém veio atender.
Então Chapeuzinho começou a chamar:
-Vovó, vovó, vovó...
Então um homem chegou e falou para ela que sua avó havia se candidatado a prefeita e havia ganhado as eleições, e que ela estava na cidade de Vera Cruz.
- Mas onde fica esta cidade?
- Fica logo atrás daquele morro.
Chapeuzinho seguiu até lá.
Quando Chapeuzinho chegou lá na cidade de Vera Cruz, viu que havia muita gente nas ruas. Até tinha uma banda tocando na praça.
- Nossa! Onde vou encontrar minha vovó?
Foi ai que Chapeuzinho avistou um dos três porquinhos e foi até ele:
- Você viu minha vó? Perguntou Chapeuzinho.
- Ela está logo ali. Apontou o porquinho.
Chapeuzinho correu até lá e encontrou sua avó e perguntou:
- Vovó que história é essa de você ser prefeita dessa cidade?
- E que festa é essa?
- Ah minha netinha, não tive tempo de lhe contar e é uma longa história. Fui convidada a ser prefeita desta cidade e eu aceitei. Trouxe até os 3 porquinhos, os 7 anões e o lobo mau para trabalharem comigo.
- Até o lobo mau? Chapeuzinho ficou espantada.
- Sim. Ele é meu segurança particular.
- Mas e essa festa vovó?
- Esta festa é em homenagem aos 50 anos do município de Vera Cruz e hoje é só o primeiro dia de festividades. Para a semana estão previstas muitas atrações. Fique aqui comigo Chapeuzinho e, você vai se divertir.
- Mas a mamãe vai ficar preocupada.
- Deixa que com ela eu me entendo depois. Agora, vamos é nos divertir.

A vaca voadora


Edy Lima nasceu no Rio Grande do Sul e viveu muitos anos em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ganhou vários prêmios importantes como o Jabuti, o da Associação de Críticos de Arte, o do Serviço de Teatro. O livro a Vaca voadora foi publicado pela editora Global e está na sua 32ª edição.

Lalau, um menino de seis anos, não podia imaginar quando foi morar com suas tias que sua vida seria uma grande aventura.Tia Quiquinha vivia fazendo experiências em seu laboratório cercada de potes e vidros. Era capaz de transformar ovos comuns em ovos de ouro, conversar co gnomos, fazer uma vaca voar com seu poderoso elixir de levitar.
O narrador é 1ª pessoa (Lalau) pois ele participa dos fatos.
A vaca voadora. Ela era grande e pesada.
Não tinha personagem que era adversário ou competidor da vaca.
O lugar onde ocorre a história é na casa das tias de Lalau, que era grande velha e aconchegante.
A história acontece mais ou menos em três dias.
O título à vaca voadora tem esse nome, pois na história a vaca havia tomado o elixir de levitar e começou a voar ganhando fama de vaca voadora.

Introdução:
A história começa quando Gumercindo traz a vaca de presente para sua tia. Ele resolveu dar a vaca de presente para as tias, pois se sentia culpado pela morte de Aniceta, que morreu de rir quando Gumercindo lhe pediu em casamento.

Clímax:
Tia Quiquinha vivia fazendo experiências: transformava ovos normais em ovos de ouro, conversava com gnomos... Quiquinha também tinha inventado o ´´elixir de levitar``, e então Maricotinha teve uma ideia: como a vaca não passava pela porta, pois era mais larga do que a porta e resolveram dar-lhe o elixir de levitar.
Lalau subiu na vaca e saiu voando montado nela. Mas o elixir de levitar durava pouco e logo Lalau voltou para a Terra.A vaca despencou no telhado da casa das tias e quebrou a perna esquerda e, com muito esforço, foi trazida para a sala.
Sem muita cerimônia, ela mastigou e engoliu todos os retratos de Aniceta.
Tia Quiquinha, então, teve uma brilhante idéia: para recompor as fotos era necessário tirar umas radiografias da vaca. Mas o que eles não sabiam era como fazer a vaca passar pela porta estreita. Então eles decidiram chamar os marceneiros para alargarem a porta.
Chegaram os marceneiros e tia Quiquinha falou o que eles haviam de fazer.
A noite haveria a festa de Gumercindo e tia Quiquinha estava fazendo os doces.Quiquinha mandou Lalau e os gnomos entregarem os convites.Então eles convidaram alguns familiares, o índio e as pessoas do circo.
Na festa tia Quiquinha fez um truque: colocou Zeca e Chico de castigo lá em cima do telhado.

Desfecho:
Eles convidaram Poiranga para morar com eles e ele foi dormir do lado de fora como era o seu costume.
No dia seguinte choveu tanto que quando a água chegou até onde a vaca estava ela se levantou, mancava um pouco, mas já conseguia ficar em pé.E todos ficaram contentes.
Observação não houve conflito.
Comentário crítico da história:
A história é feita de pura fantasia e imaginação, pois transformar ovos normais em ovos de ouro, conversar com gnomos ou até mesmo dar elixir de levitar para uma vaca e fazer a mesma voar é algo que só acontece na imaginação.
Podemos comparar essa história aos contos de fadas, onde há bruxas que se transformam em fadas, príncipes em sapos e assim por diante.
Mas ao mesmo tempo a história envolve o leitor com o drama da vaca, os palpites das irmãs em suas ações, as trapalhadas de Gumercindo e as intervenções de Lalau.
A história é feita de pura magia, de situações fora da realidade, mas que ao mesmo tempo encantam o leitor e o levam a viajar pelo mundo da imaginação. Este livro, quase no final, com a chegada do índio Poiranga, inicia uma outra história, fato que não é comum nos livros.Porém, situações como essas jamais podem acontecer na vida real, só mesmo na imaginação.

A violência nos dias de hoje

Todos os dias quando abrimos os jornais ou ligamos a TV nos deparamos com muitas cenas de violência .
Podemos sentir que a violência está presente em todo lugar, pois no dia-a-dia as pessoas estão tendo um comportamento mais violento.
Existe violência no trânsito, nas escolas, onde se nota que há até escolas onde os alunos ameaçam e até chegam a agredir professores. Brigas entre alunos, violência contra a mulher e contra crianças, entre tantas outras mais.
Um exemplo mais recente de violência é o que aconteceu com uma menina de 13 anos que foi atingida por uma bala perdida. Muitos jovens e principalmente crianças são vítimas de vários tipos de violência e muitas vezes nós nem ficamos sabendo.
Mas o que será que leva as pessoas a serem tão violentas?
Talvez o uso de drogas seja um dos fatores e, outro talvez seja a falta de fé em Deus, a falta de amor.
Hoje em dia as pessoa pensam muito em si mesma e não se preocupam com o próximo. Se eles tivessem um pouco mais de amor e acreditassem em Deus, talvez não houvesse tanta violência.
Todos queremos a paz, então todos nós devemos fazer a nossa parte.

domingo, 15 de novembro de 2009

POESIA: SOU GAÚCHO


SOU GAUCHO E TENHO ORGULHO
DESTA TERRA EM QUE EU NASCI
NOSSO POVO TEM UMA HISTÓRIA
QUE JAMAIS EU ESQUECI

CULTIVAR AS TRADIÇÕES
DESTE POVO TÃO GENTIL
POIS ME ORGULHO DE SER GAUCHO
E VIVER SEM MUITO LUXO

GOSTO DE UM BOM CHURRASCO
E TAMBÉM DE UM CHIMARRÃO
PORÉM NÃO USO BOMBACHA
NEM SEI DANÇAR CHULA NÃO


MAS ISSO NÃO VEM AO CASO
POIS SOU UM GAÚCHO MODERNO
USO VESTIDO DE PRENDA
E SEI RECITAR O MEU VERSO

POR ISSO A TODOS OS GAÚCHOS
QUE TEM FIBRA E DETERMINAÇÃO
EU PEÇO EM ORAÇÃO
QUE RELEMBREM OS ANTEPASSADOS
COM AMOR E DEVOÇÃO.